diário de árvore
2018
Instalação in situ
com André Feitosa
diário de árvore é uma instalação que inclui fotos, textos, vídeos, objetos, desenho e perfomance. Investigamos e exploramos perspectivas de ancestralidade e escrita, entendida como um movimento difuso, conectadas à um lugar específico.
diário de árvore foi inicialmente realizado a partir de um ritual de cuidado de uma árvore adoecida e se desdobrou em vários eventos coletivos.
Para compor o Diário de árvore é preciso escrever em clorofila, no rastro do poema.
No rastro do poema, ler em estado de árvore.
“É preciso vegetalizar o texto”, diria Llansol.
Vegetalizar: nas palavras de Manoel de Barros, nas fotos de Lia Krucken e André Feitosa, na conversa de Vania Baeta com Maria Gabriela Llansol. Transmutar: em intensidade que atravessa a cena, em silêncio de “folha-luz”, conter uma letra.
“Para entrar em estado de árvore é preciso partir de um torpor animal de lagarto às três horas da tarde, no mês de agosto.
Em dois anos a inércia e o mato vão crescer em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.” (Manoel de Barros)
Colégio das Artes - Universidade de Coimbra, Portugal
